TEORIA DA LITERATURA: A POESIA
Leia a estrofe a seguir:
Troc… troc… troc… troc…
ligeirinhos, ligeirinhos,
troc… troc… troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos…
(Cecília Meireles)
O recurso intensificador da linguagem presente nessa estrofe é:
Aliteração
Onomatopeia
Refrão
Anáfora
Assonância
Sobre a linguagem poética, analise as afirmações que seguem:
A linguagem poética faz uso de diversos recursos estilísticos, entre eles, as figuras de linguagem.
As figuras de linguagem em um poema têm como objetivo despertar sensações no leitor e impactá-lo, possibilitando que ele crie imagens a partir desse impacto.
A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é impossível desvencilhar o poeta de sua criação.
A linguagem poética não possui compromisso com a objetividade: ela pode ser subjetiva e ambígua, oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de interpretação.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III e IV.
I, II e IV.
I, II, III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
Assinale a alternativa que não representa um recursos do processo intensificador da linguagem poética:
Anáfora.
Paralelismo.
Escansão.
Assonância.
Reiteração.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
"Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão..." (MANUEL BANDEIRA)
Reiteração
Metáfora
Comparação
Anáfora
Onomatopeia
Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:
I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.
II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.
III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.
IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.
V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
Aliteração
Onomatopeia
Refrão
Anáfora
Assonância
Sobre a linguagem poética, analise as afirmações que seguem:
A linguagem poética faz uso de diversos recursos estilísticos, entre eles, as figuras de linguagem.
As figuras de linguagem em um poema têm como objetivo despertar sensações no leitor e impactá-lo, possibilitando que ele crie imagens a partir desse impacto.
A linguagem poética é estritamente autobiográfica: é impossível desvencilhar o poeta de sua criação.
A linguagem poética não possui compromisso com a objetividade: ela pode ser subjetiva e ambígua, oferecendo ao leitor diferentes possibilidades de interpretação.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III e IV.
I, II e IV.
I, II, III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
Assinale a alternativa que não representa um recursos do processo intensificador da linguagem poética:
Anáfora.
Paralelismo.
Escansão.
Assonância.
Reiteração.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
"Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão..." (MANUEL BANDEIRA)
Reiteração
Metáfora
Comparação
Anáfora
Onomatopeia
Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:
I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.
II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.
III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.
IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.
V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
II, III e IV.
I, II e IV.
I, II, III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
Assinale a alternativa que não representa um recursos do processo intensificador da linguagem poética:
Anáfora.
Paralelismo.
Escansão.
Assonância.
Reiteração.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
"Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão..." (MANUEL BANDEIRA)
Reiteração
Metáfora
Comparação
Anáfora
Onomatopeia
Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:
I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.
II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.
III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.
IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.
V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
Assinale a alternativa que não representa um recursos do processo intensificador da linguagem poética:
Anáfora.
Paralelismo.
Escansão.
Assonância.
Reiteração.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
"Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão..." (MANUEL BANDEIRA)
Reiteração
Metáfora
Comparação
Anáfora
Onomatopeia
Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:
I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.
II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.
III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.
IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.
V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão..." (MANUEL BANDEIRA)
Reiteração
Metáfora
Comparação
Anáfora
Onomatopeia
Sobre a maneira de introduzir “ideias” em um romance, analise as afirmações que seguem:
I- A maneira mais eficaz de introduzir “ideias” em um romance é fazer com que as ideias sejam expressas através de uma fábula, ou seja, através da ação, do comportamento e das atitudes das personagens; em outros termos: a “ideia” deve ser expressa de maneira implícita.
II- O critério utilizado para determinar esta eficácia é o critério da verdade.
III- A eficácia estética não coincide com a eficácia filosófica.
IV- De um ponto de vista filosófico, seria eficaz a ideia que fosse expressa de modo explícito.
V- De um ponto de vista estético, ao contrário, será eficaz a ideia que for expressa de modo implícito.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
I, II, IV e V, apenas.
I, III, IV e V, apenas.
I, II, III e V, apenas.
II, III, IV e V, apenas.
I, II, III e IV, apenas.
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)
Poema em linha reta é um dos mais importantes poemas de Fernando Pessoa (assinado por Álvaro de Campos, seu heterônimo). Sobre o poema, analise as afirmações que seguem:
I- Trata-se de uma crítica social construída por meio de uma linguagem irônica, atingindo seu ápice nos versos "Poderão as mulheres não os terem amado, / Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! / E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, / Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? / Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, / Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
II- Por meio de uma autocaracterização pejorativa, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre ele e a sociedade, revelando assim o sentimento de estar à margem do mundo: “Arre, estou farto de semideuses! / Onde é que há gente no mundo?”.
III- Ao afirmar, no primeiro verso do poema, que nunca conheceu quem tivesse levado porrada, o poeta declara-se vítima desse ato violento cometido pela própria existência. Seus pares, homens perfeitos, caminham em “linha reta”, por isso imunes aos revezes da vida, enquanto o poeta, humano e imperfeito, sofre com as intempéries da vida.
IV- O poema em prosa tem como objetivo romper a barreira do real, atingindo assim bases surrealistas. As imagens são, predominantemente, de inspiração simbolista. O eu lírico afasta-se da realidade e alcança o universo onírico utilizando recursos sinestésicos.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Onde é que há gente no mundo?
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV.
I, II, IV.
I, III, IV.
I, II, III.
I, IV.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração. (Fernando Pessoa. Autopsicografia. In: Obra completa. Porto: Lello & Irmãos, 1975, p. 255. )
Sobre o processo de criação literária, nesse poema, o poeta
I- escreve não o que pensa, mas aquilo que deveras sente.
II- é capaz de captar e expressar os sentimentos dos leitores.
III- transforma um elemento extraliterário, como a dor, em objeto estético.
Está certo o que se afirma apenas em
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
I.
III.
II.
I e II.
I e III.
Leia atentamente a estrofe, a seguir:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
Alexandre, Marília, qual o rio
que engrossando no inverno tudo arrasa,
na frente das cortes
cerca, vence, abrasa...
(Tomás Antônio Gonzaga)
Qual figura está presente nesta estofe?
Alegoria.
Símbolo.
Comparação.
Metáfora.
Símile.
Analise os versos a seguir e assinale a alternativa correta, com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do nível semântico:
“Meu coração tombou na vida
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora
Com base em seus estudos sobre os procedimentos de poetização do texto literário, identifique quais são os elementos essenciais do verso. Assinale a alternativa CORRETA:
tal qual uma estrela ferida
pela flecha de um caçador” (Cecília Meireles)
Assonância
Simbolismo Sonoro
Metáfora
Comparação
Anáfora